sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Da elite ao povo e vice-versa

Ano da bossa. Tão evidente, talvez, tanto quanto há 50 anos atrás, quando nasceu em "Chega de Saudade". Para comemorar, eventos e shows vem para jobiniar os palcos, principalmente cariocas e paulistas.
Na última segunda-feira, uma junção alternativa, dificilmente vista. Caetano Veloso e Roberto Carlos cantaram as músicas do rei. Mas não! Não esse rei, o da Jovem Guarda. O rei da Bossa Nova, enterno Tom Jobim.
Lendo uma crítica, muito interessante, no blog musical "Ruido", de Pedro Alexandre Sanches, percebi o que há um tempo tinha pensado. Bossa é bossa, popular é popular.
O show desta semana, independente do desempenho dos cantores, causou efeito. Roberto Carlos representa uma geração diferente do que representa Caetano.
Na década de 70, Odair José, com a música "Pare de Tomar a Pílula", foi censurado na ditadura militar tanto quanto Chico Buarque, mas por motivos diferentes. Numa entrevista ao site "Censura Musical", Odair José, parecendo-me até desabafar o quanto, naquela época, distanciava-se musicalmente o povão do intelectual.
"As músicas do Chico Buarque eram proibidas e quem gostava das músicas do
Chico não era a sociedade de uma maneira geral, era mais um grupinho", disse Odair José.
O show de Roberto e Caetano permitiu uma bossa ampla, parecendo esparramar-se e, contudo, derramar gotas por todos [diferentes] cantos.
Vale a pena conferir:

Foto: Folha Online


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