A grande vitória de Barack Obama siginifica o teor da sede por mudanças que o povo americano espera do futuro presidente.
Obama ganhou em 36 Estados, além do Destrito de Columbia. O comparecimento às urnas - num país onde o voto é facultativo - foi recorde desde 1908. A ânsia por votar mostra o quão esperançoso e faminto por transformações se encontra a maior potência do mundo.
A Carta Maior, com seu espírito um tanto quanto radical, propôs escrever uma carta ao democrata. Segue um trecho que achei interessante e faz síntese da real situação dos Estados Unidos.
"Em suma, se os EUA querem reconquistar o respeito dos outros povos do mundo, se querem resgatar a imagem do seu país que se deteriorou, devem se considerar como um país entre outros, e a eles igual, não como uma potência eleita para a missão de impor a ordem imperial e os interesses capitalistas no mundo. Devem respeitar as decisões que outros povos tomem no sentido de escolher caminhos antiimperialistas e anticapitalistas. Devem assinar o Protocolo de Kyoto, aceitando reduzir suas emissões de gases poluidores, condição básica para iniciar uma nova etapa na luta contra a destruição ambiental no planeta. Devem diminuir seu orçamento militar, revertendo essas verbas para o campo social. Devem combater os monopólios privados da mídia, a indústria tabagista, a da segurança para-militar, devem colocar como seu objetivo principal construir uma sociedade justa, a começar pela de seu próprio país, aquele em que, dentre aquelas do centro do capitalismo, a desigualdade mais cresceu nos últimos anos. Se o sr. fizer tudo isso, ou pelo menos se mover nessa direção, pensamos que poderá contar com o respeito e com relações cordiais por parte dos governos populares e dos povos da América Latina."
Foto: UOL